
Sabe quando você deseja muito uma coisa, que você chega a pensar que jamais vai acontecer e só vai ficar em pensamento, mas que no fundo você adoraria que fosse real. Poisé, segundo o best-seller "The Secret - O Segredo" o pensamento tem o poder de atrair tudo aquilo que guardamos em nossa mente através da Lei da Atração. Ela é válida pra todo tipo de situação: financeira, profissional, pessoal e, claro, sentimental. E nos últimos anos tenho notado que toda essa conversa não é lorota. Aquilo que você quer acaba vindo até você por essa tal "Atração"! Principalmente na vida sentimental de Ana.
O curriculo de experiência com relacionamentos duradouros de Ana é praticamente nulo. Desde novinha, se apaixonava facilmente, mas tinha uma dificuldade imensa de demonstrar seus sentimentos. Na pré-escola teve seu primeiro namoradinho, aqueles que você manda cartinha, pega na mão e morre de vergonha quando dá um beijinho no rosto. Poisé, foi exatamente assim que durante os primeiros anos do ensino fundamental Ana "namorou" o Juninho, inesquecível o dia que ela e uma amiguinha fugiram de casa pra ir na casa dele, tudo isso pra chegar lá e comer biscoito que a tia (mãe dele e suposta sogra) tinha feito. Doces lembranças de uma época e uma inocência que não volta mais. Os anos foram passando, Juninho ficou pra trás e outras paixonites de infância apareceram pelo caminho, mas como disse, não demonstrava para o suposto pretendente o que sentia, morria de medo de ser rejeitada, morria de vergonha de rirem dela. Chegou à adolescência dessa mesma forma, meio caipirona, meio chucra, criada numa cidadezinha do interior, jamais passava pela cabeça dela dizer a um menino que gostava dele, sem antes ele falar com ela.
Aos 12 anos, na cidade grande as coisas eram diferentes, as meninas eram mais ousadas, mas Ana, vixiii, continuava a mesma caipirona, e na escola eis que surge o Fernando, a garoto mais popular, loiro, olhos azuis e sedutores, um sorriso lindo, podia escolher no dedo com quem queria ficar, as meninas só falavam dele. E Ana? Ah, também era mais uma fã. Mas o Fernando jamais ía olhar pra caipirona, jamais! Opa e a Lei da Atração? Jamais é uma palavra que não existe pra Lei da Atração e de todas as meninas do colégio a eleita foi: A Caipirona do interior que acabara de se mudar pra cidade grande! Parecia um sonho, não podia ser verdade, mas era! Um único beijo, mas O beijo que parecia uma eternidade e que jamais ela poderia esquecer! O sonho foi lindo, e a caipirona se apaixonou, mas o Fernando era popular demais, lindo demais, disputado demais pra ficar só com a caipirona, então vieram as próximas da fila e a caipirona já era! A essa altura a concorrência já a odiava por ter passado na frente delas e as fofoquinhas a respeito de Ana eram inevitáveis. Perdeu amizades, perdeu seu sonho encantado, perdeu o Fernando! Ele não passava de um tipo conquistador, mas o que ela podia fazer, já estava apaixonada (típico de filme americano)... Tudo isso em menos de um mês! Sofreu, chorou, achou que não ía aguentar, achou que podia esquecê-lo ficando com outro, ficou, não esqueceu o Fernando e sofria mais ainda. Como pôde beijar alguém por quem não sentia nada?! Revoltou, procurou uma igreja e decidiu que essa modinha dos adolescentes de ficar era horrível, só havia feito mal à Ana. Então, ela prometou a si mesma que só voltaria a beijar alguém se realmente gostasse dele. O tempo passou, mas o Fernando continuava em seu coração, recusou todos os que apareceram em seu caminho, pois só pensava nele! Foram longos 4 anos até que o Fernando saiu de vez da sua vida, se tem alguém que Ana poderia chamar de "A grande paixão da minha vida", esse alguém era o Fernando!
O maior responsável por Ana finalmente esquecer Fernando: Nicolas, um inglês intercambista no Brasil! Um príncipe, um Lord! Se conheceram na igreja. Era maravilhoso ver ele, mal se falavam, a diferença de idioma os impedia, mas cada dia era como um conto de fadas! Foram 2 meses de intercâmbio, ele e mais um grupo de ingleses, os melhores 2 meses da vida de Ana até aquele momento! Mas como sempre, morria de vergonha de falar o que pensava e o que sentia por ele. Na volta à terra da rainha, a despedida foi muito triste, e quando finalmente ficaram sozinhos e tinha a oportunidade de dizer algo, ou melhor, fazer algo, Ana foi covarde, não teve coragem e ele se foi! O máximo que conseguiu foi o beijo no vidro que separa a sala de embarque do saguão do aeroporto! Chorou tanto... Acabou aprendendo que dali em diante só iria se arrepender daquilo que tivesse feito, e não daquilo que poderia ter feito e não fez por covardia. E bola pra frente...
Na igreja fez muitos amigos, era uma participante ativa das atividades cristãs dos jovens, e mais uma vez a Lei da Atração agiu, nesse caso Ana foi a atraída. Entre os vários amigos que fez, um se aproximou mais que os outros. Ana gostava muito da companhia dele e confiava muito nele. Mas pra ele, Jhonny, ela era mais que uma amiga, ele vivia dando indícios disso, mas Ana fingia que não sabia, não queria estragar a amizade. Jhonny começou a insistir mais, uma antiga namorada dele começou a culpar Ana pelo rompimento deles e um caos começou a se formar. Jhonny dizia pra Ana ignorar tudo aquilo, pois ele já não gostava mais da outra. Mas aquilo realmente a incomodava, pois apesar de ter um carinho muito grande por ele, Ana só conseguia vê-lo como amigo e achava injusto ter que ouvir as lamúrias de uma ex a acusando de "ladra de namorado". Até pensou em se afastar pra evitar maiores problemas, mas Jhonny foi persistente. Então, Ana começou a acreditar que daquela amizade poderia surgir alguém que realmente gostasse dela e em quem poderia confiar seus sentimentos! Quando finalmente achou que poderia ter um relacionamento sério com alguém e tomou coragem de dizer ao Jhonny que dali em diante poderíamos ser mais que amigos, ele disse que tinha pensado melhor e viu que gostava da ex e tinha resolvido voltar com ela. Nossa foi como um balde de água fria! O pior era ver a "ex-atual" se exibindo de mãos dadas com ele pra mostrar pra Ana que ela tinha vencido a suposta queda-de-braço, sim, porque na cabecinha da outra Ana estava tentando roubar o Jhonny dela. Ana ficou roxa de raiva sim, mas não foi por ele estar com a ex, mas sim por ter aguentado tanto desaforo da ciumenta por uma coisa que ela não fez, e por culpa da insistência dele Ana resolveu ceder, mas aí ele pulou fora! Ana revoltou de novo! E continuou na sua greve! À essa altura já estava beirando os seus 18 anos e não tinha voltado a beijar ninguém desde o menino que ficou pra esquecer o Fernando. Namorado então, era uma coisa que Ana achava que nunca ía ter!
O Jhonny acabou casando com a namorada e foi embora da cidade, e na igreja começou a vir gente nova. Um garoto em especial chamou a atenção de Ana: Leonardo! Foram se conhecendo e se tornaram amigos, ele era muito divertido, se dávam muito bem, mas a convivência com ele dava a impressão de que Léo era muito brincalhão, um típico moleque que não queria levar nada a sério, e mesmo assim alguma coisa mantinha Ana atraída por ele e essa mesma coisa dizia que ele também pensava o mesmo. Mas Ana, como sempre, não falava o que eu sentia ou pensava, deixou o tempo passar. Acabaram se distanciando e quando Ana menos esperava ele arrumou uma namorada, ha e adivinha? Essa também não gostava de Ana... Enfim, pra evitar a dor de cabeça que já tinha vivido na experiência passada, Ana largou mão e se afastou mesmo do Léo.
Entrou na faculdade, conheceu gente nova, começou a frequentar lugares novos, aos poucos se afastou do convívio com a igreja (que antes era assíduo), conheceu um garoto: Mateus! A mão de Ana adorava ele e ele se dizia apaixonado por Ana. Sua mãe começou a dizer que já estava na hora de ela arrumar um namorado e que o Mateus era muito gente boa, que ela devia dar uma oportunidade pra ele, que ela tinha que párar de ser tão criteriosa com seus relacionamentos e etc. De ínicio ela não cedeu, era expert em dizer não pros meninos! Afinal já estava beirando 6 anos sem ficar com ninguém! Mas a insistência dele e o falatório da mãe fizeram Ana acabar aceitando. Achou que realmente estava sendo radical demais na decisão que havia tomado anos atrás e estava na hora de dar uma chance pra alguém. Ficou com o Mateus, achou até que já tinha esquecido como beijar, rsrsrs... (mas isso a gente não esquece!) Depois disso ele ligou algumas semanas e depois desapareceu! Ana jogou na cara da mãe que ela estava errada a respeito dele. A sorte foi que Ana só aceitou ficar com Mateus por estar cançada de ficar sozinha e não por gostar mesmo do Mateus.
O convívio com as pessoas da faculdade a fez rever muitos conceitos, passou a ser uma pessoa mais aberta, saiu um pouco da defensiva, e começou a perceber que tinha muito mais a ganhar se desse o passo inicial numa investida de relacionamento, do que se ficasse "na fossa" guardando só pra si o que sentia, esperando que o sujeito fosse inteligente pra perceber e se declarar pra ela. Resumindo: Ana parou de acreditar em contos de fadas e estava cansada de esperar pelo príncipe encantado! (aliás: MENINAS ELES NÃO EXISTEM!) E foi na faculdade que conseguiu seu primeiro namorado, através da Lei da Atração! Durante um evento de jogos do Curso de Educação Física, eis que surge na quadra ele, lindo, dali em diante não conseguia tirar os olhos dele, conseguiu o msn dele e logo passaram a conversar, a conversa era muito boa, dali foram pra um cinema, até que em alguns dias ELE a pediu em namoro. E do jeito que Ana sempre quis! Roger era um anjo, o genro que qualquer mãe quer, era educado, romântico, inteligente, honesto, responsável, respeitador e muito bonito. A pessoa mais maravilhosa que Ana já conhecera, um caráter inigualável. O namorou durou quase 6 meses. Porque terminou? O Roger era tão maravilhoso como pessoa que a admiração de Ana por ele era maior do que o amor. Acho que ambos perceberam que poderíam se dar muito melhor como amigos do que como namorados, terminaram sem recentimentos! Sabe-se que algum tempo depois do fim namorou, Roger decidiu ir para um seminário virar padre, no começo Ana se assustou com a notícia, pensou "será que traumatizei ele?"... Mas no fundo Ana sabia que alguém como Roger seria iluminado no sacerdócio.
Depois de Roger, Ana decidiu dar um tempo, estava aproveitando muito a fase com os novos amigos da faculdade, viajou, conheceu várias pessoas, se divertia bastante, não queria namorado, mas quando parava pra pensar, alguma coisa a fazia lembrar de Léo, aquele que ela simplesmente desistiu sem nunca ter tentado, era a Lei da Atração! Aos 20 anos conheceu Vinícius, eram colegas de trabalho, começaram a sair juntos e daí começou um relacionamento, ela não sabia definir o que era, mas eles estavam sempre juntos e todo mundo sabia. Vinícius era jovem, com os hormônios à flor da pele, e Ana começou a perceber que os beijos começaram a ficar mais "calientes". Ana não era boba! Sabia onde isso ía parar, mas ela estava com medo, era virgem... Foi levando aquele relacionamento, tentando ganhar confiança em Vinícius e nela mesma. Na verdade ela sabia Vinícius estava longe de ser o "homem de sua vida", mas ao mesmo tempo Ana se perguntava se esse tal "homem da vida" existia? As decepções que Ana passara durante a juventude fizeram ela refletir se realmente valeria a pena se preservar tanto à espera de alguém que fosse único pra ela, sendo que ela não acreditava mais nisso! E num ato não premeditado e completamente impulssivo, 2 semanas após completar 21 anos, Ana deixou que acontecesse! Foi completamente ao contrário de tudo o que Ana havia desenhado no seu mundinho cor-de-rosa, mas agora não tinha mais como voltar atrás. Vinícius se esforçou pra fazer com que Ana acreditasse que era especial, mandou flores no aniversário dela, levava pra jantar, apresentou pra família, dizia todas aquelas palavras bonitas (script repetido do repetório masculino) que ela era diferente, especial e blá, blá, blá. Mas depois do ocorrido, não demorou muito pra Ana ter certeza que para Vinícius não era nada sério, ela tinha outra. Ao constatar o que já esperava, Ana chorou sozinha em seu quarto, se arrependeu de ter se preservado durante tanto tempo e de repente jogar tudo pro alto e deixar que um momento tão importante de sua vida acontecesse de uma forma tão banal. Se arrependeu de ter se afastado da vida cristã que tinha, e resolveu erguer a cabeça, não lamentar mais pelo leite derramado, afinal ela só queria se arrepender do que tinha deixado de fazer e não do que tinha feito, demorou um pouco mas perdoou a si mesma e se esforçou pra perdoar Vinícius também, mas não sem antes falar umas poucas e boas pra ele que, desmascarado, engoliu cada palavra dela calado!
Depois disso Ana quis voltar para a igreja, sabia que não voltaria para as atividades que participava antes, mas estava mesmo era a procura de um pouco de paz de espírito! Na igreja, Ana reencontrou Léo, que estava solteiro novamente, um pouco mais maduro do que alguns anos atrás. Os dois voltaram a se falar, se reaproximaram e Ana começou a entender porque, durante todo o tempo que esteve longe dele, ainda lembrava dele. Era a Lei da Atração. Durante uma conversa Ana resolveu revelar que anos atrás havia gostado de Léo, e ele lamentou o fato dela não ter dito antes, pois poderiam ter ficado juntos. Nessa mesma conversa um beijo aconteceu, e depois outro e mais outro, começaram a ficar, passaram o reveillon juntos, foi uma noite mágica, Ana não podia acreditar que mesmo depois de tanto tempo, finalmente ela e Léo ficaram juntos. Era a Lei da Atração. Mas tudo acontecia em segredo, Léo dizia que a ex-namorada ainda gostava dele e seria complicado aguentar as lamúrias dela. Ana sabia que era verdade, pois na noite que passaram juntos de reveillon o celular dele tocou e era a ex, chorando, pedindo pra voltar, e Léo dizendo que não a amava mais. Ana ouviu tudo ao lado de Léo. Diante dessa situação, Ana não queria aquilo, afinal ela voltara pra igreja em busca de paz e não de mais tormento. Léo estava confuso com o relacionamento deles, e algumas atitudes de Léo fizeram ela perceber que ele não tinha amadurecido tanto assim. E mais uma vez, Ana se afastou de Léo, mas dessa vez ela sabia que era definitivo, porque no passado eles não tiveram nada, querendo ter, era como se tivesse ficado faltando alguma coisa, agora que finalmente ficaram juntos, não ficou faltando mais nada. Aliás, parece que finalmente Ana começava a colocar sua vida sentimental em ordem, depois de tantos erros e acertos, Ana não se preocupava mais se encontraria um namorado ou não, se casaria pelos próximos anos ou não, essas não eram mais suas prioridades, Ana sabia que não precisava ter pressa, o que ela quisesse viria. Ana estava tranquila.